A morte de Raquel (Bíblia comentado - Gênesis 35) - Reflexões Cristãs - Estudos e Mensagens Bíblicas A morte de Raquel (Bíblia comentado - Gênesis 35)

A morte de Raquel (Bíblia comentado - Gênesis 35)

Introdução Gênesis 35 comentado


Jacó parte para a terra de Betel, para fugir de seus inimigos e ao mesmo tempo, ter uma experiencia com Deus, Gênesis 35 comentado mostra o nascimento de Benjamim e a morte de Raquel, uma triste parte da vida do patriarca, que influenciaria o destino dos doze.

A morte de Raquel
A morte de Raquel - Gênesis 35

Gênesis 35 comentado


GEN 35:1 E disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e fica ali; e faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias de teu irmão Esaú. Deus recordou Jacó sobre seu encontro quando o mesmo fugia de Esaú, naquele período Jacó prometeu ter fé e depositar sua adoração e esperança no Deus verdadeiro, agora ele voltaria para onde teve seu primeiro encontro intimo com Deus, onde ele recebeu seu chamado, uma missão divina.
GEN 35:2 Então Jacó disse à sua família e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses alheios que há entre vós, e limpai-vos, e mudai vossas roupas. Jacó adorava um único Deus verdadeiro, mas ele não impedia seus filhos e filhas, muito menos seus demais parentes de terem deuses diferentes, conforme já narrado em outras partes do Gênesis, Jacó e sua família ainda não tinham desenvolvido bem o monoteísmo, eles eram deístas, onde acreditavam em Deus, mas respeitavam ou adoravam outros deuses.
GEN 35:3 E levantemo-nos, e subamos a Betel; e farei ali altar ao Deus que me respondeu no dia de minha angústia, e foi comigo no caminho que andei. Betel (em hebraico: בית אל, Bêṯ-ʼĒl, lit. "Casa de Deus") é uma cidade cananéia da antiga região da Samaria, situada no centro da terra de Canaã, a noroeste da cidade de Ai, na estrada para Siquém, a 30 km ao sul de Silo e a 20 km ao norte de Jerusalém. A cidade de Betel é a mais mencionada na Bíblia, depois da cidade de Jerusalém.
Foi neste local que Abraão armou a sua tenda e edificou o seu primeiro altar (Gênesis 12:8; 13:3). O nome Betel foi lhe dado por Jacó. Foi neste lugar que Jacó teve a visão de uma escada que atingia o céu, por onde anjos subiam e desciam. Anteriormente, era chamado de Luz (Luza) e tinha um antigo santuário cananeu (Génesis 28:10-19). Local de sepultamento de Débora, ama de Rebeca, esposa de Isaac.(Génesis 35:8). Terra natal de Hiel, que tentou reedificar Jericó (I Reis 16:34).
Josué derrota o Rei de Betel (Josué 12:16). A cidade é entregue à Tribo de Benjamim (Josué 18:22). Mais tarde, veio a pertencer à Tribo de Judá (II Crónicas 13:19). Foi um dos lugares onde permaneceu a Arca da Aliança, símbolo da presença do Deus de Israel. Era um dos lugares onde o profeta Samuel julgava o povo (I Samuel 7:16). Após a Divisão do Reino de Israel, Jeroboão I, Rei de Israel Setentrional, mandar erguer um Bezerro de Ouro em Betel. (I Reis 21:29) Foi Josias, Rei de Judá, que destruiu o seu altar do Bezerro de Ouro (II Reis 23:15). Um grupo de exilados regressa de Babilónia e se fixa novamente em Betel, em 537 a.C. (Esdras 2:28).
O profeta Oséias, um século antes de Jeremias, se refere a Betel com outro nome, "Bete-Áven" (Oséias 4:15; 5:8; 10:5-8). O seu nome significa "Casa do Nada", "Casa de Vaidade", "Casa da Nulidade", isto é, dos ídolos. O profeta Jeremias afirma que "a casa de Israel se envergonhou de Betel" (Jeremias 48:13), devido à sua idolatria e, especificamente, ao culto do bezerro de ouro. Betel simboliza Vitória.
GEN 35:4 Assim deram a Jacó todos os deuses alheios que havia em poder deles, e os brincos que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo de um carvalho, que estava junto a Siquém. Jacó viu seus filhos exterminarem os homens de Siquem, provocando a irá das cidades vizinhas, os cananeus não aceitariam isso facilmente, e por revelação, Jacó sabe que precisa retirar-se dali, Deus manda que ele fuja para Betel, mas o perigo estava apenas começando, Deus iria com grande terror por aquela terra, os pecados daquela região eram grandes e chegava a hora de punir seus habitantes, não sabe-se ou ao menos não é bem descrito o que ocorreu nas cidades, quando citam o "...terror do SENHOR...", alguns teólogos sugerem que tenha sido uma forte chuva, outros uma erupção vulcânica, outros até mesmo que Deus possa ter mandado anjos para destruir a região, mas nenhuma afirmação é 100% fiel, pois é fraquíssima de referencias bíblicas.
GEN 35:5 E partiram-se, e o terror de Deus foi sobre as cidades que havia em seus arredores, e não seguiram atrás dos filhos de Jacó. Conforme narrado nos capítulos anteriores, como em Genesis 31, o deus pagão que erá muito cultuado entre os hebreus deistas, era Inanna era a deusa (dingir) do amor, do erotismo, da fecundidade e da fertilidade, entre os antigos Sumérios, sendo associada ao planeta Vénus. Era especialmente cultuada em Ur, mas era alvo de culto em todas as cidades sumérias. Como as origens das mulheres de Jacó eram sumérias, é possível que elas sofriam dessas más influencias do povo de sua terra natal.
GEN 35:6 E chegou Jacó a Luz, que está em terra de Canaã, (esta é Betel) ele e todo o povo que com ele estava;
GEN 35:7 E edificou ali um altar, e chamou o lugar El-Betel, porque ali lhe havia aparecido Deus, quando fugia de seu irmão.
GEN 35:8 Então morreu Débora, ama de Rebeca, e foi sepultada às raízes de Betel, debaixo de um carvalho: e chamou-se seu nome Alom-Bacute.
GEN 35:9 E apareceu-se outra vez Deus a Jacó, quando se havia voltado de Padã-Arã, e abençoou-lhe.
GEN 35:10 E disse-lhe Deus: Teu nome é Jacó; não se chamará mais teu nome Jacó, mas sim Israel será teu nome: e chamou seu nome Israel. Jacó tem um novo encontro com Deus, agora tem o nome confirmado, assim como feito com Abraão, Israel: Significa “homem que luta com Deus” ou "homem que vê Deus".
Israel tem origem no hebraico Yisrael. Seu significado, “ele luta com Deus”, resulta da junção dos elementos sara, que significa “ele luta”, e El, que quer dizer “Deus”.
Na bíblia sagrada cristã, o nome Israel é mencionado no Antigo Testamento como o homem que lutou com um anjo do Senhor e o venceu.
É categorizado como um nome teofórico na medida em que é um nome bíblico que traz o nome de Deus nele incorporado.
Batizado pelos seus pais com o nome de Jacó (Jacob), Israel recebeu este nome por Deus.
"Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste." (Gênesis 32,28)
Israel ficou conhecido como o patriarca dos hebreus, através da chamada “doze tribos de Israel”.
GEN 35:11 E disse-lhe Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso: cresce e multiplica-te; uma nação e conjunto de nações procederá de ti, e reis sairão de teus lombos:
GEN 35:12 E a terra que eu dei a Abraão e a Isaque, a darei a ti: e à tua descendência depois de ti darei a terra. O azeite na bíblia tem um significado profético muito forte, ele em diversas passagens é usado para representar o Espirito Santo, Na Bíblia, o azeite é utilizado como o símbolo da presença de Deus do Espírito Santo.
Em Gênesis, quando as chuvas do dilúvio tinham cessado e a arca ainda navegava sobre as águas, o patriarca Noé teria soltado uma pomba que retornou trazendo um ramo de oliveira.
Jacó, ao ter duas experiências sobrenaturais com Deus, em Betel, em ambas as vezes colocou no local uma coluna de pedra sobre a qual derramou azeite. (Gênesis 28:18 e 35:14)
Os judeus utilizavam o azeite nos seus sacrifícios e também como uma divina unção que era misturada com perfumes raros. Usava-se, portanto, o azeite na consagração dos sacerdotes (Êxodo 29:2-23; Levítico 6:15-21), no sacrifício diário (Êxodo 29:40), na purificação dos leprosos (Levítico 14:10-18 e 21:24-28), e no complemento do voto dos nazireus (Números 6:15).
Quando alguém apresentar ao Senhor uma oblação como oferta, a sua oblação será de flor de farinha; derramará sobre ela azeite, ajuntando também incenso. (Levítico 2:1)
Os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto, ou de alguma calamidade, abstinham-se de usá-lo.
O azeite também era reconhecido como um medicamento entre os judeus (Isaías 1:6; Marcos 6:13; Lucas 10:34 e Tiago 5:14).
Pode-se dizer que na cultura judaica o azeite indicava o sentimento de alegria, ao passo que a sua falta denunciava tristeza, ou humilhação.
GEN 35:13 E foi-se dele Deus, do lugar onde com ele havia falado.
GEN 35:14 E Jacó erigiu uma coluna no lugar onde havia falado com ele, uma coluna de pedra, e derramou sobre ela libação, e deitou sobre ela azeite.
GEN 35:15 E chamou Jacó o nome daquele lugar onde Deus havia falado com ele, Betel.
GEN 35:16 E partiram de Betel, e havia ainda como alguma distância para chegar a Efrata, quando deu à luz Raquel, e houve trabalho em seu parto.
GEN 35:17 E aconteceu, que quando havia trabalho em seu parto, disse-lhe a parteira: Não temas, que também terás este filho.
GEN 35:18 E aconteceu que ao sair dela a alma, (pois morreu) chamou seu nome Benoni; mas seu pai o chamou Benjamim. Alma é usado para representar a vida, quando a bíblia por exemplo usa a expressão "...sair dela a alma...", faz referencia a ausência da vida, a alma em determinados momentos é usado para presentar o sangue, de certa forma, pode se associar a alma como a própria vida que está no corpo, muitos teólogos usam erroneamente o argumento que o homem possuem uma tricotomia, onde corpo, alma e espirito são usados em uma tríade para compor o ser humano, mas temos que levar em conta que alma e corpo, não podem ser desassociado um do outro, o que existe de fato é uma tricotomia, assim como uma dualidade entre alma (corpo) e espirito, assim como Deus que existe um ser onipresente  que manifesta-se de forma pluralista por conta de estar em todos os lugares, mas quando ele aparece, torna-se uma teofania ou seja uma manifestação desse poder, a ponto de agir em uma dualidade, onde passa a agir em dois planos, espiritual e físico, a grande verdade que é impossível medir ou descrever razoante a existência sublime de Deus, Raquel era a esposa amada de Jacó, mas ela agora morre ao dar o segundo filho com ele, isto é, Benjamim, o ultimo dos patriarcas que é descrito na bíblia.
GEN 35:19 Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata, a qual é Belém.
GEN 35:20 E pôs Jacó uma coluna sobre sua sepultura: esta é a coluna da sepultura de Raquel até hoje.
GEN 35:21 E partiu Israel, e estendeu sua tenda da outra parte de Migdal-Eder.
GEN 35:22 E aconteceu, morando Israel naquela terra, que foi Rúben e dormiu com Bila a concubina de seu pai; o qual chegou a entender Israel. Agora bem, os filhos de Israel foram doze:
GEN 35:23 Os filhos de Lia: Rúben o primogênito de Jacó, e Simeão, e Levi, e Judá, e Issacar, e Zebulom.
GEN 35:24 Os filhos de Raquel: José, e Benjamim. Benjamim foi, segundo narra a Bíblia, o filho mais novo de Jacó ou Israel com sua mulher Raquel, que morre no seu parto.
Benjamim foi o único irmão por parte de mãe de José, que se tornaria mais tarde o governador do Egito. Foi da descendência de Benjamim que surgiu o primeiro rei de Israel, Saul.
GEN 35:25 E os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã, e Naftali.
GEN 35:26 E os filhos de Zilpa, serva de Lia: Gade, e Aser. Estes foram os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã-Arã.
GEN 35:27 E veio Jacó a Isaque seu pai a Manre, à cidade de Arba, que é Hebrom, onde habitaram Abraão e Isaque.
GEN 35:28 E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos.
GEN 35:29 E expirou Isaque, e morreu, e foi recolhido a seus povos, velho e farto de dias; e sepultaram-no Esaú e Jacó seus filhos.

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Notas e referencia de pesquisa


- Segue os créditos a Blive, responsável pelo comitê de tradução da Bíblia livre.   
- Os comentários são sempre escritos em negrito.     
- Todas as referencias externas, serão demonstradas aqui, se houver.     
- Os comentários são de Lucas Ajudarte, teólogo e arqueólogo bíblico pela Faculdade de teologia nacional de São Lourenço MG.

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