José e o dom da visão por sonho (Bíblia comentada - Gênesis 37) - Reflexões Cristãs - Estudos e Mensagens Bíblicas José e o dom da visão por sonho (Bíblia comentada - Gênesis 37)

José e o dom da visão por sonho (Bíblia comentada - Gênesis 37)

Introdução a Gênesis 37 comentado


Um profeta do Deus vivo, isso é uma boa forma para descrever José, o homem cujo temor em Deus era notável, e seria ele quem estaria a frente dos doze, Gênesis 37 comentado narra o inicio da aflição de José, mas através dele, Deus salvaria Israel, e fortaleceria seu povo, José poderia ir para terra distantes, mas Deus é quem o justificaria. Os comentários são um rico estudo sobre "revelações por sonho" mostraremos diversas passagens bíblicas sobre o tema.

José e o dom da visão - Gênesis 37

Gênesis 37 comentado


GEN 37:1 E habitou Jacó na terra onde peregrinou seu pai, na terra de Canaã. O fato de Esaú ter abrido espaço a Jacó e partido da terra de Canaã, e ido para o Monte Seir, é de fato um reconhecimento que seu pai tinha abençoado seu irmão, e que Deus estava com ele, Esaú teria ido em busca de seu próprio destino, e dessa forma seria pai de uma poderosa nação chamada Edom, que duraria inúmeras gerações e reis poderosos, Edom tem sua descrição em Gênesis 36.
GEN 37:2 Estas foram as gerações de Jacó. José, sendo de idade de dezessete anos apascentava as ovelhas com seus irmãos; e o jovem estava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai: e contava José a seu pai as más notícias acerca deles.
GEN 37:3 E amava Israel a José mais que a todos os seus filhos, porque lhe havia tido em sua velhice: e lhe fez uma roupa de diversas cores. José era aquele que sobressaia em frente aos outros, ele destaca-se por diversas razões, particularmente sou contra favoritismo entre os pais, mas somos humanos, é normal que esse favoritismo exista, mas temos que ama-los igualmente.
GEN 37:4 E vendo seus irmãos que seu pai o amava mais que a todos os seus irmãos, odiavam-lhe, e não lhe podiam falar pacificamente.
GEN 37:5 E sonhou José um sonho e contou-o a seus irmãos; e eles vieram a odiar-lhe mais ainda.
GEN 37:6 E ele lhes disse: Ouvi agora este sonho que sonhei: O favoritismo deve-se ao fato de que José era filho de Jacó com Raquel, e devido a ela ter sido originalmente estéril, os dois tiveram apenas dois filhos, o segundo ainda resultou em sua morte, José e Benjamim eram os dois filhos com sua esposa, e agora ela era morta, por todas essas razões Jacó naturalmente teria grande amor nos garotos.
GEN 37:7 Eis que atávamos feixes no meio do campo, e eis que meu feixe se levantava, e estava em pé, e que vossos feixes estavam ao redor, e se inclinavam ao meu.
GEN 37:8 E responderam-lhe seus irmãos: Reinarás tu sobre nós, ou serás tu senhor sobre nós? E o odiaram ainda mais por causa de seus sonhos e de suas palavras.
GEN 37:9 E sonhou ainda outro sonho, e contou-o a seus irmãos, dizendo: Eis que sonhei outro sonho, e eis que o sol e a lua e onze estrelas se inclinavam a mim. José despertava um dom de Deus,  de ter visões, e de interpretar sonhos, ele claramente sonhava com o fato dele se tornar um dia o governador do Egito, e seus irmãos tornarem-se subordinados a eles.
GEN 37:10 E contou-o a seu pai e a seus irmãos: e seu pai lhe repreendeu, e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Viremos eu e tua mãe, e teus irmãos, a nos inclinarmos a ti em terra? Outras diversas historias bíblicas sobre os sonhos e as visões, Um sonho divino é um sonho que Deus dá em algumas circunstâncias ao homem enquanto este dorme. Sendo um sonho só se pode portanto receber enquanto se dorme. Não existem ‘sonhos de olhos abertos’, isto é, enquanto se está acordado. Enquanto se está acordado, como veremos a seguir, se podem receber somente visões; ou, quando Deus quer, pode-se ouvir uma voz divina falar de maneira audível sem porém ver nada, como acontecia frequentemente aos antigos profetas de Deus que ouviam a voz de Deus falar-lhes enquanto estavam plenamente acordados e sem nenhuma visão. Neste caso nos encontramos perante uma revelação. Quero todavia precisar que com base na Escritura uma revelação pode-se receber também em sonho ou em visão.
Voltemos aos sonhos, todo o ser humano sonha quando dorme, e entre os sonhos que tem podem haver alguns que são de Deus, digo que podem haver porque obviamente isso depende de Deus. Isto vale tanto no caso dos crentes como dos incrédulos.
Abrão caiu num profundo sono durante o qual Deus lhe preanunciou que os seus descendentes habitariam como estrangeiros numa terra alheia, e ali seriam escravos por quatrocentos anos, e depois Deus julgaria aquela nação de que seriam escravos e eles partiriam dela com grandes riquezas (cfr. Gen. 15:12-16).
Deus veio de noite num sonho ao rei Abimeleque para dizer-lhe que a mulher que tinha tomado, ou seja, Sara, tinha marido e por isso a devia restituir a Abraão, e que no caso de não a restituir ele morreria com toda a sua casa (cfr. Gen. 20:1-7).
Jacó teve um sonho enquanto ia em direcção a Harã, em que viu uma escada apoiada na terra, cujo topo chegava ao céu, e os anjos de Deus que subiam e desciam pela escada, e depois Deus também lhe falou (cfr. Gen. 28:10-22) Jacó enquanto servia Labão teve um sonho em que Deus lhe mostrou como tinha visto tudo aquilo que Labão lhe fazia, e lhe ordenou que voltasse para a sua terra natal (cfr. Gen. 31:10-13).
Deus veio num sonho a Labão, enquanto este seguia atrás de Jacó, e disse-lhe que não falasse a Jacó nem bem nem mal. (cfr. Gen. 31:22-25).
José, filho de Jacó, teve sonhos em que Deus lhe preanunciou que os seus irmãos se prostrariam um dia diante dele (cfr. Gen. 37:5-11).
Enquanto José estava na prisão no Egipto, o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros que tinham sido postos no cárcere onde José estava preso por terem ofendido Faraó, tiveram ambos na mesma noite um sonho, um sonho cada um, em que Deus lhes preanunciou o que lhes aconteceria dentro de três dias, estes sonhos foram interpretados por José e as coisas aconteceram conforme a sua interpretação (cfr. Gen. 40:1-22).
Faraó, enquanto José estava na prisão, teve dois sonhos em que Deus lhe preanunciou sete anos de abundância e sete anos de fome; também neste caso os sonhos foram interpretados por José que Faraó fez sair da prisão para interpretar estes seus sonhos (cfr. Gen. 41:1-36).
No tempo dos Juízes, mais precisamente no tempo de Gideão, quando este estava para descer contra o arraial de Midiã, Deus lhe disse para descer ao arraial de Midiã e ouvir o que diziam. Ele obedeceu e quando chegou ao arraial ouviu um homem que contava ao seu companheiro um sonho tido na noite em que tinha visto um pão torrado, de cevada rolar sobre o arraial de Midiã, bater na tenda de modo a fazê-la cair, e a virá-la; este pão de cevada, segundo a interpretação dada pelo companheiro, era a espada de Gideão em cujas mãos Deus tinha dado Midiã e todo o arraial. Este sonho foi uma confirmação para Gideão que Deus lhe tinha dado nas mãos o arraial de Midiã e lhe fortaleceu as mãos (cfr. Juízes 7:9-18).
O rei Salomão teve um sonho em que lhe apareceu Deus e lhe disse para pedir-lhe o que quisesse e Salomão lhe pediu um coração sábio (cfr. 1 Re 3:4-15).
Nabucodonosor, rei de Babilônia, teve um sonho em que Deus lhe mostrou os reinos que se sucederiam após o seu (cfr. Dan. 2:1-49), este sonho lhe foi interpretado por Daniel. Ainda este rei teve um sonho em que Deus lhe mostrou o juízo que executaria sobre ele por se ter ensoberbecido em seu coração (cfr. Dan. 4:1-37), também neste caso o sonho foi interpretado por Daniel.
GEN 37:11 E seus irmãos lhe tinham inveja, mas seu pai guardava isso em mente.
A sagrada Escritura ensina que Yahweh ou Aquele que é, o Eu sou que é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, e que é o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, é um Deus que fala ao homem também mediante sonhos, visões e com uma voz audível sem o auxílio de sonhos e visões. A Sagrada Escritura, de facto, no seu interior contém muitos sonhos e muitas visões dados por Deus a muitos na antiguidade, como também muitos casos em que Deus falou fazendo ouvir uma voz. Quando digo na antiguidade refiro-me quer ao período antes da vinda de Cristo (para nos entendermos aquele que começou desde a criação de Adão até ao nascimento de Cristo), quer ao período durante o qual Cristo viveu sobre a terra e àquele após a vinda de Cristo que no que concerne à Escritura chega aproximadamente ao ano 90 quando João em visão viu e ouviu todas aquelas coisas que pôs por escrito no livro do Apocalipse.
Expliquemos agora o que é um sonho e o que é uma visão, e em que consiste uma revelação, e algumas das circunstâncias em que Deus as deu na antiguidade (o período de tempo que vai desde a criação a aproximadamente o ano 90 depois de Cristo).
GEN 37:12 E foram seus irmãos a apascentar as ovelhas de seu pai em Siquém.
GEN 37:13 E disse Israel a José: Teus irmãos apascentam as ovelhas em Siquém: vem, e te enviarei a eles. E ele respondeu: Eis-me aqui.
GEN 37:14 E ele lhe disse: Vai agora, olha como estão teus irmãos e como estão as ovelhas, e traze-me a resposta. E enviou-o do vale de Hebrom, e chegou a Siquém.
GEN 37:15 E achou-o um homem, andando ele perdido pelo campo, e perguntou-lhe aquele homem, dizendo: Que buscas?
GEN 37:16 E ele respondeu: Busco a meus irmãos: rogo-te que me mostres onde apascentam.
GEN 37:17 E aquele homem respondeu: Já se foram daqui; eu lhes ouvi dizer: Vamos a Dotã. Então José foi atrás de seus irmãos, e achou-os em Dotã.
GEN 37:18 E quando eles o viram de longe, antes que perto deles chegasse, tramaram contra ele para matar-lhe.
GEN 37:19 E disseram um ao outro: Eis que vem o sonhador; Seus irmãos não gostavam deles, por questões diversas, eles tinham uma forte rejeição, desde o favoritismo de seu pai, até o fato de José ser um filho que sobressai a eles.
GEN 37:20 Agora, pois, vinde, e o matemos e o lancemos em uma cisterna, e diremos: Alguma fera selvagem o devorou: e veremos que serão seus sonhos.
GEN 37:21 E quando Rúben ouviu isto, livrou-o de suas mãos e disse: Não o matemos.
GEN 37:22 E disse-lhes Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cisterna que está no deserto, e não ponhais mão nele; para livrá-lo assim de suas mãos, para fazê-lo virar a seu pai. Ruben era aquele que dentre os filhos de Jacó era o mais parcial, ele intersedia por seu irmão, gostando ou não dele, ele tinha temor a Deus, e não aceitava a morte de José, ele olhava antes seu irmão e seu pai do que ele mesmo.
GEN 37:23 E sucedeu que, quando chegou José a seus irmãos, eles fizeram desnudar a José sua roupa, a roupa de cores que tinha sobre si;
GEN 37:24 E tomaram-no, e lançaram-lhe na cisterna; mas a cisterna estava vazia, não havia nela água. Cavidade subterrânea artificial usada costumeiramente como depósito de água. As cisternas, diferentes dos poços escavados para captar a água subterrânea natural, destinam-se comumente a captar e reter a água da chuva, ou a água que escoa de fontes. Não sendo abertas como os reservatórios, costumam ser cobertas. A palavra hebraica bohr, traduzida por “cisterna”, é também traduzida por “cova”, especialmente quando parece que não continha água (Gên 37:20-29; 2Sa 23:20, Al), por “masmorra”, quando usada para este fim (Gên 40:15), e por “poço”, quando se refere ao “Seol” ou em paralelo a ele (Sal 30:3; Pr 1:12; Ez 31:14, 16).
GEN 37:25 E sentaram-se a comer pão: e levantando os olhos olharam, e eis uma companhia de ismaelitas que vinha de Gileade, e seus camelos traziam aromas e bálsamo e mirra, e iam a levá-lo ao Egito.
GEN 37:26 Então Judá disse a seus irmãos: Que proveito há em que matemos a nosso irmão e encubramos sua morte?
GEN 37:27 Vinde, e o vendamos aos ismaelitas, e não seja nossa mão sobre ele; que nosso irmão é nossa carne. E seus irmãos concordaram com ele. Judá demonstra um líder entre seus irmãos, ele possui o dom de liderar e tem uma boa articulação, ele convence os demais a não matar José, ao invés disso, eles o vendem como escravo, mas eles não fazem isso por interesse financeiro, e sim com o intuito de livrar-se de seu irmão.
GEN 37:28 E quando passavam os midianitas mercadores, tiraram eles a José da cisterna, e trouxeram-lhe acima, e o venderam aos ismaelitas por vinte peças de prata. E levaram a José ao Egito.
Inscrições reais assírias e babilônicas e inscrições no norte da Arábia a partir dos séculos 9 a 6 A.C. menciona o rei de Qedar como rei dos árabes, e o rei dos Ismaelitas. Os nomes dos filhos de Ismael, "Nabat, Quedar, Abdeel, Dumá, Massá, e Temã" foram mencionados em pedaços em registros assírios como tribos dos Ismaelitas. Jesur foi mencionado em inscrições gregas no Primeiro Século AC.  O reino de Qedar esteve em pé por muito tempo após o desaparecimento do último nativo de Babilônia, o rei Nabonido, mas o reino Nabateu surgiu a partir do reino qedarita por causa da continuidade geográfica e linguística entre as duas tribos cerca de duzentos e cinqüenta anos mais tarde. Muitos nomes de tribos árames da época de Maomé (e agora), como Asad, Madhhij, e o ancestral tribos de Maomé: Ma ad, e Nizar foram encontradas na inscrição Namara datada de 325 A.C. Maqrizi diz que Moisés eliminou quase todos os árabes não-Ismaelita como os amalequitas e os midianitas, e no tempo de Maomé todos os árabes eram descendentes de Ismael, de acordo com os historiadores Hisham Ibn Al-Kalbi e al-Sharqi, que acreditavam que todos os Árabes eram descendentes de Ismael, incluindo os catanitas
GEN 37:29 E Rúben voltou à cisterna, e não achou a José dentro, e rasgou suas roupas.
GEN 37:30 E voltou a seus irmãos e disse: O jovem não aparece; e eu, aonde irei eu?
GEN 37:31 Então eles tomaram a roupa de José, e degolaram um cabrito das cabras, e tingiram a roupa com o sangue;
GEN 37:32 E enviaram a roupa de cores e trouxeram-na a seu pai, e disseram: Achamos isto, reconhece agora se é ou não a roupa de teu filho. Eles tramaram uma simulação da morte de José, os irmãos não tiveram coragem de mata-lo, isso tudo era proposito de Deus, eles tinham uma união entre eles, mas não conseguiam ter essa mesma afinidade com José, mas tarde, todas as razões serão provadas, e tudo será esclarecido, por momento, o plano de Deus estava sendo iniciado.
GEN 37:33 E ele a reconheceu, e disse: A roupa de meu filho é; alguma fera selvagem o devorou; José foi despedaçado.
GEN 37:34 Então Jacó rasgou suas roupas, e pôs saco sobre seus lombos, e fez luto por seu filho muitos dias.
GEN 37:35 E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas para consolá-lo; mas ele não quis tomar consolação, e disse: Porque eu tenho de descer a meu filho com luto até à sepultura. E chorou por ele seu pai.
GEN 37:36 E os midianitas o venderam no Egito a Potifar, oficial de Faraó, capitão dos da guarda. Segundo o Antigo Testamento, midianitas (ou madianitas) são descendentes de Abraão e sua esposa Quetura, desposada após a morte de Sara. Os filhos deste novo segundo casamento, entre eles Midiã, foram enviados para uma terra distante, longe de Isaque, dito filho da promessa. Tais descendentes de Abraão, então, deram origem à tribo dos midianitas, que mais tarde são mencionados em conjunto com os ismaelitas. A escravidão se dá a diversos motivos, muitas vezes para uma nação dominar um povo vencido em guerra, para punir pessoas que emprestavam dinheiro e não pagavam, de forma que as pessoas eram vendidas quando não possuíam bens para ser abatidos em lugar da divida, e também a criminosos, nesse contexto José era vendido, simplesmente por inveja, e angustia, faltou amor por parte dos irmãos, a bíblia ela atesta a existência e não interfere no livre arbítrio dos homens a escolherem seus regimes políticos e sociais, mas isso não significa que o Senhor compactua com essas atrocidades, a bíblia não atesta que Deus dá legalidade aos homens em ter escravos, ou mesmo que um homem domine sobre o outro, a vontade divina sempre foi para que os homens fossem todos iguais. Jesus por exemplo nunca fez acepção de pessoas, por seu grau social, nacionalidade e viés politico e ideológico.

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Notas e referencias de pesquisa


- Segue os créditos a Blive, responsável pelo comitê de tradução da Bíblia livre.     
- Os comentários são sempre escritos em negrito.       
- Todas as referencias externas, serão demonstradas aqui, se houver.     
- Os comentários são de Lucas Ajudarte, teólogo e arqueólogo bíblico pela Faculdade de teologia nacional de São Lourenço MG. 

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