Introdução a questão palestina e o estado judeu de Israel
Hoje Judeus e Árabes convivem uma relação de conflito no que é conhecido estado de Israel, os cristãos geralmente colocam essa disputa como uma questão espiritual, onde os judeus são descendentes de Isaque e os Árabes descenderiam de Ismael, e esses grupos, profeticamente na bíblia, estão predestinados a lutar em guerras sangrentas e sem fim, mas veremos algumas informações históricas sobre a questão palestina, e acredite a questão não é simples.
Observando o cenário do Brasil, muitas vezes temos olhares superficiais sobre questões geopolíticas e históricas, os hebreus a milhares de anos atrás, tiveram um reino de Israel, que habitou a terra conhecida hoje como palestina, ou como alguns preferem, a antiga terra de Canaã, embora isso seja verdade, é importante lembrar que o os árabes também vivem a milhares de anos na região, e assim como os judeus tem uma ligação histórica com aquele território, os árabes também possuem.
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| Foto histórica da criação do estado de Israel |
O antigo Reino de Israel foi dividido a milhares de anos atrás, após isso, a chamada Israel do norte, foi destruída e seus habitantes dispersos pelo mundo, mas ao sul, ficaram três tribos, que vieram a ser chamado de Reino da Judeia, e já narramos a historia por trás da queda de Israel e também do reino da Judeia, e também listamos os erros cometidos pelos judeus, que resultaram no fim de sua nação.
Mas historia também deixa claro, que os árabes também tiveram milhares de anos de domínio sobre a terra, e inclusive, a narrativa árabe, por trás da chamada criação do estado palestino, é que isso é um direito dos árabes, pois segundos eles, os hebreus embora existiram como habitantes da terra, jamais tiveram um reino organizado sobre a terra, negando partes importantes até mesmo do velho testamento, mesmo com descobertas apontam a existência dos reis de Israel, outra narrativa feita pelos árabes, é que judeus a árabes antes da criação do estado de Israel, sempre viveram em harmonia, o que devido a imposição estrangeiras, vários árabes perderam suas casas, e foram expulsos, para que judeus de todas as partes do mundo, voltassem e morasse em seu lugar, vejamos algumas perguntas que precisam ser respondidas.
Judeus e Árabes no passado, já conviveram pacificamente antes do inicio do estado judeu de Israel?
Sim, ao longo da história, houve períodos em que judeus e árabes conviveram pacificamente na região que agora é conhecida como Israel e Palestina. Antes do estabelecimento do Estado de Israel em 1948, a região era parte do Império Otomano e, posteriormente, do Mandato Britânico da Palestina.
Durante esses períodos, comunidades judaicas e árabes viveram lado a lado em diversas cidades e vilarejos. Embora tenha sofrido momentos ocasionais e conflitos, também houve períodos de convivência e colaboração entre as comunidades. Judeus e árabes trabalhavam juntos em várias áreas, como comércio, agricultura e cultura.
Na verdade, antes do movimento sionista ganhar força no final do século XIX, muitos judeus e árabes viviam como vizinhos e mantinham relações mantidas. No início do século XX, no entanto, com o aumento da imigração judaica para a Palestina e o envolvimento de políticas e nacionalistas fortes, as relações entre as comunidades solicitaram a se tornarem mais complexas.
Após o estabelecimento do Estado de Israel em 1948 e a subsequente Guerra Árabe-Israelense, as relações entre judeus e árabes se deterioraram significativamente. Conflitos e disputas territoriais emocionados para um aumento da tensão e da hostilidade entre os grupos.
É importante ressaltar que a situação é complexa e multifacetada, com diversos fatores históricos, políticos, religiosos e sociais esperançosos para a evolução das relações entre judeus e árabes na região.
Existiu presença de hebreus na terra da palestina durante a idade media
Durante a Idade Média, uma região que atualmente corresponde à Palestina era habitada por diversos grupos étnicos e religiosos, incluindo os hebreus. No entanto, é importante destacar que o termo "hebreus" pode ser atribuído tanto aos antigos como aos judeus em geral.
Os antigos eram um povo de origem semítica que se estabeleceu na região da Palestina por volta do século XIII aC, de acordo com relatos bíblicos. Eles formaram o Reino de Israel, que mais tarde se dividiu em dois reinos: Israel ao norte e Judá ao sul. Durante a Idade Média, após a queda dos reinos observados e judaicos e a dispersão dos judeus pela Diáspora, houve uma presença contínua de comunidades judaicas na região.
Durante o período bizantino (séculos IV a VII), muitos judeus viviam na Palestina, especialmente nas cidades de Jerusalém, Tiberíades e Safed. No entanto, com a conquista muçulmana da região no século VII, ocorreram mudanças na composição demográfica. Muitos judeus foram expulsos ou deixaram a Palestina durante esse período, enquanto outros permaneceram e conviveram com a população muçulmana e cristã.
A partir do século XII, durante as Cruzadas, ocorreu um aumento na presença de judeus na Palestina, à medida que as rotas de peregrinação cristã atraíam a atenção de comerciantes e imigrantes judeus. No entanto, essas comunidades judaicas foram novamente submetidas a expulsões e perseguições ao longo dos séculos seguintes.
Em resumo, embora a presença de hebreus a Palestina durante a Idade Média tenha sido mais tênue do que em épocas anteriores, as comunidades judaicas continuaram a existir na região ao longo desse período, apesar das vicissitudes históricas que enfrentaram.
Os árabes perderam suas casas para que judeus sionistas voltassem para Israel?
A questão do deslocamento de árabes acomodados durante o estabelecimento do Estado de Israel é um assunto complexo e controverso. Durante a guerra de 1948, que ocorreu logo após a declaração de independência de Israel, houve deslocamentos em massa de palestinos árabes e judeus.
É importante destacar que, ao longo do Mandato Britânico da Palestina, ocorrido de 1920 a 1948, tanto judeus quanto árabes migraram para a região. Durante esse período, a tensão entre as comunidades judaicas e árabes aumentou, alimentadas por aspirações nacionalistas e disputas territoriais.
Após a partilha da Palestina proposta pela ONU em 1947, que buscava dividir o território em dois estados separados, um judeu e um árabe, ocorreu uma guerra entre as forças judaicas e os países árabes vizinhos, que resultou na vitória de Israel. Durante e após esse conflito, muitos palestinos árabes foram deslocados de suas casas, enquanto comunidades judaicas em países árabes também foram expulsas.
O número de refugiados palestinos é uma questão controversa, com estimativas variando. É importante ressaltar que muitos palestinos foram forçados a abandonar suas casas por causa do conflito, enquanto outros fugiram por medo ou por ordens de líderes árabes. Algumas comunidades árabes foram destruídas ou mantidas por Israel, enquanto outras permaneceram em território israelense e se tornaram cidadãos árabes de Israel.
O tema do direito de retorno dos refugiados palestinos e da compensação por suas propriedades perdidas continua a ser uma questão central no conflito israelense-palestino até os dias de hoje. É uma questão sensível e com diferentes perspectivas históricas e políticas, e sua resolução é fundamental para alcançar uma paz duradoura na região.
Dessa forma, podemos dizer que o argumento árabe, que o estado de Israel foi uma criação de uma força estrangeira, é verdadeira, mas é também importante dizer que poucos povos locais, foram de fato autônomos, ou tiveram na historia estados independentes, um poucos estados realmente independente que existiu na região, foi o Reino Cristão de Jerusalém.
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