Mateus 12 comentado e completo - Blog Reflexões Cristãs - Estudos Bíblicos e Arqueológicos dedicado ao ensino da Unicidade de Deus Mateus 12 comentado e completo

Mateus 12 comentado e completo

Mateus 12 comentado (Jesus é o Senhor o Sábado)

Em Mateus 12, Jesus se revela como o Senhor do sábado e o Messias prometido. Ele desafia as tradições religiosas ao curar no dia de descanso, confrontando os fariseus. Jesus usa parábolas e referências a Jonas e Salomão para provar sua autoridade e, finalmente, redefine o conceito de família, mostrando que a verdadeira comunhão se baseia em fazer a vontade de Deus.

Capitulo de Mateus 12 com comentários






1 Naquela ocasião, num sábado, Jesus estava caminhando por campos de trigo. Os seus discípulos estavam com fome e, por isso, começaram a colher espigas de trigo e a comê-las.

💬 O mandamento fundamental é "Não farás nenhum trabalho" (Êxodo 20:10). A Torá proíbe especificamente acender fogo, arar e colher no sábado (Êxodo 35:3; 34:21). No entanto, ela não define exaustivamente o que constitui "trabalho".

2 Quando os fariseus viram aquilo, disseram a Jesus: “Veja! Os seus discípulos estão fazendo algo que é proibido aos sábados!”

💬 Para evitar a violação inadvertida da Torá, os sábios e fariseus desenvolveram o que é conhecido como a "Lei Oral" (que mais tarde seria codificada na Mishná e no Talmud). Eles criaram uma "cerca em volta da Torá" (seyag laTorah), estabelecendo regras detalhadas para aplicar os princípios gerais. Eles definiram 39 categorias principais de trabalho proibido (melakhot), baseadas nas atividades necessárias para construir o Tabernáculo no deserto.

O Ponto de Vista dos Fariseus (Versículo 2)

Quando os fariseus viram os discípulos, eles não estavam sendo arbitrários ou mal-intencionados. Dentro de seu sistema de interpretação, os discípulos estavam, de fato, violando várias das melakhot:

Colher (Kotzer): Ao arrancar as espigas, os discípulos estavam realizando o ato primordial da colheita. Mesmo que fosse uma quantidade mínima, o ato em si se enquadrava na categoria proibida.

Debulhar (Dash): É muito provável que, após colher as espigas, os discípulos as esfregassem nas mãos para separar o grão da palha. Este ato é uma forma de debulhar, outra das 39 categorias de trabalho proibido.

Limpar/Selecionar (Borer): Soprar a palha para que ficasse apenas o grão seria análogo a peneirar ou selecionar, também uma atividade proibida.

Para os fariseus, a santidade do Shabat dependia dessa observância meticulosa. Não se tratava de quão difícil era a tarefa, mas se ela se enquadrava em uma das categorias de trabalho criativo proibido. A intenção deles era proteger o mandamento de Deus de qualquer profanação. A acusação "Veja! Os seus discípulos estão fazendo algo que é proibido aos sábados!" era, do ponto de vista deles, uma defesa legítima e piedosa da Lei.

3 Mas Jesus lhes disse: “Vocês não leram o que Davi fez quando ele e os seus companheiros estavam com fome?

💬 Do outro lado do debate está a perspectiva de Jesus, que não nega a importância do Sábado, mas contesta a interpretação farisaica.

É importante notar que o ato em si não era um roubo. A Torá permitia explicitamente que um viajante faminto pegasse grãos do campo de outra pessoa para comer na hora (Deuteronômio 23:25). O problema não era o que eles estavam fazendo, mas quando o estavam fazendo.

A Prioridade da Necessidade Humana: Jesus, em sua resposta nos versículos seguintes (que não estão na pergunta, mas são o contexto imediato), argumenta que a necessidade humana fundamental (a fome) se sobrepõe a uma interpretação ritualística da lei. Ele evoca o exemplo de Davi, que comeu os pães da proposição (1 Samuel 21:1-6), algo permitido apenas aos sacerdotes, porque ele e seus homens estavam com fome. A lição implícita é que a preservação da vida e o bem-estar humano são princípios que estão no coração da própria Torá. Este conceito é conhecido no judaísmo rabínico posterior como Pikuach Nefesh - o princípio de que a obrigação de salvar uma vida anula qualquer outra lei ritual, incluindo as do Shabat.

A defesa de Jesus culmina na famosa declaração: "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" (Marcos 2:27). Para Jesus, os fariseus haviam transformado o Shabat, um presente de Deus para descanso e restauração, em um fardo de proibições minuciosas. Ele estava redirecionando o foco do ato para o propósito. O objetivo do Shabat é honrar a Deus e beneficiar a humanidade; se uma regra sobre o Shabat prejudica o ser humano em uma necessidade básica, ela está sendo mal aplicada.

4 Ele foi até a casa de Deus, e ele e os seus companheiros comeram o pão sagrado, o que não era permitido, pois apenas os sacerdotes poderiam comer esse pão.

Jesus usa um exemplo da própria Escritura (o Rei Davi) para mostrar que a necessidade humana urgente (fome) pode, em certas situações, se sobrepor a uma regra cerimonial, mesmo uma tão séria quanto a dos pães sagrados.

5 Vocês não leram na lei que, aos sábados, os sacerdotes no Templo violam as regras, mas não são considerados culpados?

💬 Ele apresenta um segundo argumento: os sacerdotes "trabalham" no Templo durante o sábado para servir a Deus. Isso mostra que um dever sagrado (o serviço no Templo) é superior à regra geral do descanso, estabelecendo que nem toda atividade é proibida no sábado.


6 No entanto, eu lhes digo que há alguém aqui que é mais importante do que o Templo.

💬 Aqui, Jesus faz uma declaração chocante sobre sua identidade. Se o Templo justifica o trabalho dos sacerdotes, Ele, sendo superior ao Templo, tem autoridade para reinterpretar e governar as ações de seus seguidores em sua presença.


7 Se vocês soubessem o que realmente significa: ‘Eu quero compaixão, não sacrifício’, vocês não condenariam inocentes. 

💬 Citando o profeta Oseias, Jesus revela o princípio central de Deus: a compaixão e a misericórdia são mais importantes que o cumprimento de rituais. A lei deve servir para o bem, não para condenar inocentes (neste caso, os discípulos famintos).


8 Pois o Filho do Homem é o Senhor do sábado.”


💬 A conclusão de seu argumento. Jesus não apenas interpreta a lei do sábado, mas se declara o Senhor sobre ela, reivindicando a autoridade do próprio Deus para determinar seu verdadeiro propósito.


9 Então, Jesus saiu dali e foi para uma sinagoga.

10 Ali estava um homem que tinha uma deficiência na mão. Algumas pessoas que queriam acusar Jesus perguntaram a ele: “A lei permite que se cure aos sábados?”

💬A discussão passa da teoria à prática. Os oponentes de Jesus tentam encurralá-lo com um caso real, transformando um homem que sofre em um peão em seu debate teológico. A pergunta deles é uma armadilha.


11 “Suponha que vocês tenham uma ovelha e que ela caia em um buraco em pleno sábado. Vocês não irão tentar de tudo para tirá-la do buraco?” Jesus lhes perguntou:

12 “Vocês não acham que um ser humano vale mais do que uma ovelha? Então, sim, é permitido fazer o bem aos sábados.”

💬  Jesus usa uma lógica irrefutável e comum na cultura da época: um argumento do menor para o maior. Se é aceitável e compassivo ajudar um animal (que também representa um bem material) em necessidade no sábado, quanto mais um ser humano, que tem um valor infinitamente superior? Ele estabelece o princípio de que "é permitido fazer o bem aos sábados".



13 Ele se virou para o homem e disse: “Estenda a sua mão!” O homem estendeu a mão e ela foi curada e ficou exatamente como a outra.

💬 Jesus não apenas vence o debate com palavras, mas demonstra sua autoridade com uma ação. A cura é a prova de que seu ensinamento está alinhado com o poder e a vontade de Deus: restaurar e dar vida, atos perfeitamente adequados para o sábado.


14 Os fariseus saíram de lá e começaram a planejar como matar Jesus.

💬 A reação dos fariseus é a ironia trágica da história. Enquanto Jesus usa o sábado para restaurar a vida e fazer o bem, eles usam o mesmo dia para planejar a morte. O conflito deixa de ser um debate sobre a lei e se torna uma conspiração mortal, mostrando que eles rejeitaram tanto a lógica quanto a demonstração de poder de Jesus.



15 Sabendo disso, Jesus foi embora dali, com uma grande multidão seguindo-o. Ele curou todos,


💬 Diante da ameaça, Jesus se retira, não por medo, mas para evitar um confronto prematuro e continuar sua missão. Sua prioridade continua sendo a compaixão e a cura das multidões que o seguem, mostrando que seu ministério não é paralisado pela oposição.


16 mas os orientou para que não contassem para as pessoas sobre quem ele era.

💬 Esta ordem, conhecida como "Segredo Messiânico", era uma estratégia de Jesus para controlar a narrativa sobre sua identidade. Ele queria evitar que o povo o visse como um revolucionário político (a expectativa popular), permitindo que sua verdadeira missão, mais humilde e espiritual, fosse revelada no tempo certo.

17 Assim se cumpriu o que o profeta Isaías disse:

💬 Mateus, escrevendo para um público judaico, faz questão de conectar as ações de Jesus a uma profecia do Antigo Testamento. Isso serve para provar que a conduta de Jesus não era acidental, mas o cumprimento do plano de Deus para o Messias.

18 “Este é o servo a quem escolhi, A quem amo e que me dá muita alegria. Eu colocarei o meu Espírito nele, E ele anunciará aos pagãos o que é correto.

💬 A profecia de Isaías descreve o Messias não como um rei guerreiro, mas como um "Servo" amado e escolhido por Deus. Sua missão, guiada pelo Espírito, não seria apenas para Israel, mas traria justiça e esperança para todas as nações (os "pagãos").

19 E ninguém ouvirá a sua voz nas ruas. Ele não fará discursos nas ruas.

💬 Este verso explica perfeitamente a atitude de Jesus. Seu poder não se manifestaria através de agitação política ou discursos barulhentos, mas de forma humilde e discreta, em contraste direto com as expectativas de um libertador militar.


20 Ele não quebrará o galho que está rachado, E não apagará o fogo no pavio, Até que tenha provado que o seu julgamento é justo, 


💬 Uma bela imagem da compaixão de Jesus. Ele não esmaga os fracos e quebrantados ("o galho rachado"), nem apaga a última centelha de fé ("o pavio"). Sua obra é de restauração paciente e gentil, e ele perseverará até que a justiça de Deus seja vitoriosa.

21 E os pagãos irão pôr nele a sua esperança.” 

💬 A profecia termina com uma nota de esperança universal. A missão deste Servo humilde e gentil terá um impacto global, tornando-se a fonte de esperança para todas as nações, não apenas para o povo de Israel.



22 Então, levaram a Jesus um homem que estava possuído por um demônio e que era cego e mudo. Jesus o curou, e o mudo pôde falar e ver.

💬 Jesus realiza uma cura tripla (cego, mudo e possesso), um milagre poderoso que demonstra seu domínio completo sobre as forças do mal e da enfermidade, restaurando completamente uma pessoa.


23 Todas as pessoas ficaram maravilhadas e perguntaram: “Será que este homem é realmente o Filho de Davi?” 


💬 A multidão, maravilhada, usa o título messiânico "Filho de Davi". Eles começam a reconhecer a possibilidade de que Jesus seja o Messias prometido, o descendente do Rei Davi que traria restauração.


24 Mas quando os fariseus ouviram isso, eles responderam: “Este homem só consegue expulsar os demônios, usando o poder de Belzebu, o chefe dos demônios!”

💬Incapazes de negar o milagre, os fariseus recorrem à calúnia. Eles atribuem o poder de Deus a Satanás (Belzebu), uma acusação gravíssima que revela a dureza de seus corações e sua recusa em aceitar a verdade.


25 Sabendo o que os fariseus pensavam, Jesus lhes disse: “Qualquer reino que esteja dividido, em que seus habitantes lutam entre si, será destruído. Nenhuma cidade ou família poderá se manter, se estiver dividida e cujos membros lutam entre si.

26 Se Satanás expulsar Satanás, então, ele estará dividido e lutando contra si mesmo. Então, como poderia seu reino se manter?


💬 Jesus usa a lógica pura para expor o absurdo da acusação. Um reino que luta contra si mesmo não sobrevive. Seria ilógico e autodestrutivo Satanás expulsar seus próprios demônios.


27 Se eu expulso demônios em nome de Belzebu, em nome de quem o seu povo expulsa os demônios? É o seu próprio povo que mostra como vocês estão errados!


💬 Ele aponta a hipocrisia deles. Se o poder d'Ele vinha de Satanás, de onde vinha o poder dos próprios exorcistas judeus? Com esta pergunta, Ele mostra que eles usavam um padrão de julgamento diferente e injusto para Ele.


28 Mas, se eu expulso demônios pelo poder do Espírito de Deus, então, o Reino de Deus já chegou até vocês!

29 Vocês poderiam entrar na casa de um homem forte e roubar seus pertences sem primeiro amarrá-lo? Se vocês o amarrarem, poderão levar tudo o que ele tem em sua casa.

💬 Jesus revela a verdadeira fonte de seu poder: o Espírito de Deus. A expulsão de demônios é a prova de que o Reino de Deus chegou e está invadindo o território de Satanás. Ele é o "mais forte" que amarra o "homem forte" (Satanás) para libertar seus prisioneiros.


30 Aqueles que não estão comigo estão contra mim. E aqueles que não me ajudam a ajuntar estão fazendo o oposto, ou seja, estão espalhando.


💬 Nesta batalha espiritual entre o Reino de Deus e o de Satanás, não há neutralidade. Estar indeciso ou se opor a Jesus é, na prática, estar do lado oposto, espalhando em vez de ajuntar para Deus.


31 É por isso que eu lhes digo que todo o pecado e toda a blasfêmia que vocês cometerem serão perdoados. Mas não será perdoada a blasfêmia dita contra o Espírito.

32 Quem disser algo contra o Filho do Homem será perdoado. Mas quem disser algo contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta vida e nem na próxima.


💬 Este é um dos avisos mais sérios de Jesus. A "blasfêmia contra o Espírito" não é um xingamento, mas a atitude deliberada de ver a obra clara do Espírito de Deus (a cura) e atribuí-la conscientemente a Satanás. É uma rejeição tão completa da verdade que fecha a porta para o arrependimento.


33 Decidam se a árvore é boa e dá bons frutos ou se a árvore é ruim e dá frutos ruins, pois a árvore é conhecida pelos frutos que nela nasce.

34 Ninhada de cobras venenosas! Como vocês, que são maus, podem dizer algo bom? Pois a boca simplesmente fala daquilo que a mente está cheia.

35 Uma pessoa boa tira o bem do seu depósito de coisas boas, e uma pessoa má tira o mal do seu depósito de coisas ruins.

💬 Jesus usa a metáfora da árvore para explicar a origem das palavras dos fariseus. A acusação terrível que eles fizeram ("o fruto ruim") não foi um deslize, mas a revelação do mal que estava em seus corações ("a árvore ruim"). A boca fala do que o coração está cheio.


36 Eu lhes digo que, no Dia do Julgamento, todos terão que prestar contas por todas as palavras inúteis que disseram.

37 Pois o que vocês dizem mostrará se são inocentes ou culpados.”


💬 Ele enfatiza a seriedade das palavras. Elas não são vazias; são um reflexo direto do nosso caráter e serão usadas como evidência no dia do julgamento para nos justificar ou condenar.


38 Então, alguns educadores religiosos e fariseus se aproximaram de Jesus e disseram: “Mestre, queremos ver você fazer um milagre.”


💬 Após testemunharem um milagre inegável e o rejeitarem, os fariseus hipocritamente pedem um "sinal". Eles não buscam fé, mas uma forma de testar e encurralar Jesus.


39 “São as pessoas más, que não confiam em Deus, que buscam um sinal de milagre. O único sinal que elas terão será o sinal do profeta Jonas”, Jesus disse a eles.


💬 os repreende, chamando-os de geração má e infiel. Ele se recusa a fazer um "show" para satisfazê-los e oferece o único sinal que receberão: o "sinal de Jonas", uma referência profética à sua própria morte e ressurreição após três dias.



40 “Da mesma forma que Jonas ficou no estômago de um grande peixe durante três dias e três noites, o Filho do Homem ficará por três dias e três noites no fundo da terra.

41 Os habitantes de Nínive se levantarão e acusarão esta geração, pois eles se arrependeram dos seus pecados, respondendo à mensagem de Jonas. E como vocês podem ver, há alguém aqui que é mais importante do que Jonas.

42 A Rainha de Sabá se levantará e acusará esta geração, pois ela veio de muito longe para ouvir os sábios ensinamentos de Salomão. E como vocês podem ver, há alguém aqui que é mais importante do que Salomão.


💬 Jesus usa a história de Jonas para traçar um paralelo com sua própria morte e ressurreição. A menção de "três dias e três noites" é uma clara referência ao tempo que ele passaria no sepulcro antes de ressuscitar.

Ele então contrasta a receptividade de sua geração com a dos habitantes de Nínive e da Rainha de Sabá. Os ninivitas, que eram estrangeiros e pagãos, se arrependeram ao ouvir a pregação de Jonas, um profeta de menor importância. A Rainha de Sabá viajou uma longa distância para buscar a sabedoria de Salomão. Jesus argumenta que ele é muito maior do que Jonas ou Salomão, mas a sua própria geração, que o ouve diretamente, se recusa a acreditar e se arrepender.


43 Quando um espírito mau sai de alguém, ele anda por lugares desertos, procurando descanso e não encontra nenhum lugar para descansar.

44 Então, ele diz: ‘Eu voltarei para o lugar de onde saí.’ E quando ele volta, encontra o lugar vazio, todo limpo e arrumado.

45 Aí, ele sai e retorna com outros sete espíritos ainda piores do que ele, e todos entram e ficam morando ali. Assim, a pessoa fica em uma pior situação do que estava no início. É isso que acontecerá com esta geração perversa.”

💬 Se a vida não for preenchida com a presença de Deus, a tendência é que o mal retorne com ainda mais força, deixando a pessoa em uma situação pior do que a original. Essa é a "geração perversa" que Jesus menciona. A parábola serve como um aviso de que uma simples purificação externa sem uma transformação interior duradoura pode levar a um estado ainda mais degradado.


46 Enquanto ele falava para a multidão, a sua mãe e os seus irmãos chegaram e ficaram do lado de fora, esperando para falar com ele.

47 Uma pessoa veio e disse para Jesus: “Escute! A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora, esperando para falar com você.”

48 Jesus perguntou: “Quem é a minha mãe? Quem são os meus irmãos?”

49 Ele apontou para os seus discípulos e disse: “Vejam! Eles são a minha mãe e os meus irmãos.

50 Pois quem faz a vontade do meu Pai celestial é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”


💬 Essa é uma das passagens mais importantes e, por vezes, mal interpretadas. Quando sua família biológica chega, Jesus redefine o conceito de parentesco. Ele não nega o amor por sua mãe ou irmãos, mas eleva o vínculo espiritual acima do vínculo de sangue.

Ao dizer que seus discípulos são sua "mãe e seus irmãos", ele ensina que a verdadeira família, aos olhos de Deus, é formada por aqueles que obedecem à Sua vontade. Essa não é uma rejeição de Maria e seus irmãos, mas sim uma valorização de uma comunhão mais profunda, baseada na fé e na obediência. Jesus estabelece uma nova família, a Igreja, onde o laço mais forte é a busca por viver a vontade de Deus.

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📑 Créditos da versão bíblica usada são da Blive (Bíblia Livre)

💬 Comentários são de Lucas Ajudarte.

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