As Evidências Históricas de Jesus nos Escritos de Tácito
Planejo compartilhar um pouco de conhecimento histórico com a comunidade. Atualmente, há muitos críticos da fé cristã que afirmam que Jesus nunca existiu. Essas ideias são comuns entre alguns cientistas e historiadores contemporâneos, especialmente aqueles associados a correntes ateístas ou ao chamado comunismo científico
Apresentarei o historiador Tácito, que viveu na época de Jesus e dos apóstolos. Ele não era adepto da fé cristã e, ao que tudo indica, nem mesmo judeu — era um romano pagão. Seus escritos representam fortes evidências da existência histórica de Jesus, além de corroborarem diversos relatos presentes no Novo Testamento
Públio (ou Caio) Cornélio Tácito (em latim: Publius/Gaius Cornelius Tacitus; c. 56 – após c. 117) foi um senador e historiador romano, nomeado cônsul sufecto para o nundínio de novembro a dezembro de 97, ao lado de Marco Ostório Escápula. As partes preservadas de suas duas principais obras — Anais e Histórias — abordam os reinados dos imperadores Tibério, Cláudio, Nero e os governantes do chamado "ano dos quatro imperadores" (69 d.C.). Esse período se estende desde a morte de Augusto, em 14 d.C., até a Primeira Guerra Romano-Judaica, em 70 d.C.
Vídeo complementar desse estudo biblico:
Os textos de Tácito apresentam diversas lacunas, incluindo uma significativa em Anais, que corresponde à ausência de quatro livros inteiros.
Embora existam evidências sólidas de que o Novo Testamento é um documento historicamente preciso e confiável, muitas pessoas ainda hesitam em aceitar suas afirmações, a menos que haja também testemunhos independentes — não bíblicos — que as corroborem.
Na introdução de um de seus livros, F. F. Bruce relata o caso de um cristão que recebeu de um amigo agnóstico a seguinte observação:
“Além de referências obscuras em Josefo e similares, não há evidência histórica da vida de Jesus fora da Bíblia.” Segundo Bruce, essa afirmação causou ao cristão “grande preocupação e alguns pequenos transtornos em sua vida espiritual.” Ele concluiu sua carta com a pergunta: “Essa prova colateral está disponível? E, se não estiver, há alguma razão para sua ausência?”
A resposta é clara: sim, essa prova colateral está disponível — e neste artigo, exploraremos algumas dessas evidências.
Começaremos nossa investigação com uma passagem que o historiador Edwin Yamauchi considera “provavelmente a referência mais importante a Jesus fora do Novo Testamento.” Ao relatar a decisão do imperador Nero de culpar os cristãos pelo incêndio que devastou Roma em 64 d.C., o historiador romano Tácito escreveu:
“Nero lançou a culpa... sobre uma classe odiada por suas abominações, conhecida como cristãos entre o povo. Christus, de quem deriva o nome, sofreu a pena máxima durante o reinado de Tibério, pelas mãos de Pôncio Pilatos. Essa superstição perniciosa, momentaneamente reprimida, irrompeu novamente — não apenas na Judeia, origem do mal, mas também em Roma.”
O que podemos aprender com essa antiga — e claramente hostil — referência a Jesus e aos primeiros cristãos?
Em primeiro lugar, Tácito afirma que os cristãos derivaram seu nome de uma figura histórica chamada Christus (em latim), ou Cristo. Ele relata que Cristo “sofreu a penalidade extrema”, uma clara alusão à crucificação, método romano de execução. Segundo Tácito, isso ocorreu durante o reinado de Tibério e sob a autoridade de Pôncio Pilatos — o que confirma diversos detalhes narrados nos Evangelhos sobre a morte de Jesus.
Mas como interpretar a afirmação enigmática de Tácito de que a morte de Cristo teria brevemente “reprimido uma superstição muito perniciosa”, que logo ressurgiu, espalhando-se da Judeia até Roma? Um historiador sugere que Tácito, ainda que de forma indireta e talvez involuntária, está dando testemunho da convicção da igreja primitiva de que o Cristo crucificado havia ressuscitado dos mortos.
Embora essa interpretação seja, em parte, especulativa, ela oferece uma explicação plausível para o surgimento e rápida expansão de uma religião centrada na adoração de um homem que foi executado como criminoso. Afinal, como mais poderíamos explicar o crescimento explosivo de um movimento baseado em alguém que, aos olhos do mundo romano, havia sido derrotado e humilhado?
Fontes, referencias de pesquisa e recomendações de leitura
Enciclopédia livre, Tácito, Referencia externa.
Probe Ministries, Evidence from Tacitus, Referencia externa.
Revista de Arqueologia Bíblica, Lista de conteúdo.
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