Um pastor pode estar envolvido na politica?

O envolvimento cada vez mais continuo de pastores na politica

Atualmente, observamos um significativo aumento da presença de pastores e outros líderes religiosos na política, o que gera certo desconforto entre muitos irmãos. De tempos em tempos, esses irmãos recomendam estudos sobre o tema. Neste contexto, vamos explorar a questão sob uma perspectiva social, sem deixar de abordar a realidade do que vem acontecendo nas igrejas pelo Brasil.

O triste relacionamento entre pastorado e políticos

Todas as pessoas precisam ter o direito de opinião

Precisamos entender que o pastor não é uma figura divina, mas sim uma pessoa comum, assim como todos nós. Ele está sujeito a erros e acertos e tem o direito de expressar suas opiniões sobre diversos assuntos. Isso já ocorre na teologia, onde várias pessoas têm diferentes interpretações do que a Bíblia nos diz. Imagine, então, o que acontece no campo social e político, onde existem diversas correntes de pensamento, como progressismo, comunismo, conservadorismo, liberalismo, entre outras.

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Isso ocorre especialmente porque somos seres humanos com um pensamento condicionado e limitado ao que vemos e conhecemos. No contexto político, não podemos negar que a política interfere em nossas vidas, a ponto de a falta de debate e estudo político ter contribuído para que um grande país como o Brasil esteja cada vez mais arruinado socialmente. É importante destacar que muitos temas relacionados à política também estão entrelaçados com a religião, como aborto, legalização da maconha e homossexualidade, que geram polêmica na sociedade. Além disso, devemos lembrar que algumas visões políticas podem ser extremamente prejudiciais à fé cristã, como o comunismo, que persegue as liberdades cívicas e religiosas.

A igreja não pode ser uma organização tirana contra divergentes

O fato de o pastor ter uma opinião política e poder expressá-la é válido. No entanto, ele não deve impor essa opinião nem usar sua posição para perseguir um irmão que tenha uma visão diferente. Mesmo que esse irmão acredite em crenças comunistas, não podemos condená-lo, pois tanto convencer quanto condenar são funções atribuídas a Deus, não a nós. Como igreja, devemos nos limitar a ensinar até onde temos liberdade para expor nosso ponto de vista e, no máximo, orar para que a pessoa abra sua mente.

É errado o que muitos pastores têm feito, tanto ao expulsar membros com opiniões políticas diferentes quanto ao usar sua influência para escolher políticos. Isso acontece com frequência hoje em dia, especialmente em igrejas como a Assembleia de Deus, onde estabelecem alianças com partidos e candidatos. Chegam ao cúmulo de afirmar que Deus escolheu aquela pessoa e que foi Ele quem mandou. Já ouvi isso inúmeras vezes. É curioso notar que, após os candidatos que apoiam se envolverem em escândalos de corrupção, todos desaparecem. Mercenários da fé e cães gulosos são termos que descrevem esses pastores, que mancham um espaço que deveria ser um lugar de oração.

Os evangélicos não estão bem representados no congresso nacional

Existe uma bancada evangélica no Congresso Nacional brasileiro, e é triste afirmar que, sem a menor sombra de dúvida, ela é mais maçônica do que evangélica. Além dos diversos escândalos de corrupção que a envolvem, há alianças extremamente problemáticas com corruptos e ladrões da pior espécie. 

Por essa razão, afirmo que a relação entre pastores e a política, historicamente, não é boa e tem manchado a reputação da igreja brasileira, que já foi referência em moral e bons costumes. 

Hoje, essa imagem está comprometida pelo mundanismo. Considerando que o Brasil enfrenta uma crise espiritual, isso se deve, em grande parte, ao casamento entre líderes evangélicos e a maçonaria.

Porque cristãos devem estar tão inseridos nesse meio politico?

É importante frisar que todos devemos ter em mente uma certa opinião política, pois escatologicamente não existe outra forma de domínio do anticristo senão através do poder político. Os reis e juízes de Israel eram, em sua essência, figuras políticas. No entanto, ao trazer o tema para a realidade cristã, seguimos Jesus. Ele poderia ter vindo como um rei e uma figura política, mas não foi por esse meio que nos salvou, nem foi através do poder político que os apóstolos cumpriram seus propósitos de evangelismo pelo mundo. 

Da mesma forma, creio que nós, como cristãos, não devemos buscar estar nesse espaço. Podemos ter preferências, mas não devemos permitir que isso se torne nossa ideologia e propósito de vida. Devemos nos preparar para o que vem após este mundo, em vez de abraçar ideologias da realidade atual.

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Queridos leitores, quero expressar minha profunda gratidão a cada um de vocês que dedicaram um tempo para ler as minhas reflexões. É uma alegria imensa saber que juntos estamos explorando a beleza e a profundidade da nossa fé. Convido vocês a se juntarem ao nosso grupo no Telegram.